Minha vida estes dias transformou-se num verdadeiro festival de repetições, que não são somente as minhas mas as de muitos moradores de luanda e arredores, os mesmos buracos, a mesma escuridão, os mesmos depósitos vazios, as mesmas mentes incautas, cauterizadas… tudo isso nos leva a ser aquilo que Pinto de Andrade chamou de hommos angolensis… (ou algo parecido) mas não é destas generalidades que pretendo falar, meu Post hoje é sobre minha TPA que a esta hora já é simplesmente TA (tensão aniversarial) esse sentimento estranho que vai se apossando de mim na Glória dos meus 33 anos -uns insistem em dizer que são 29, 0utros 30, meus projenitores jamais errariam! - são gloriosos 33 -( a idade de Cristo) vindos de 1974.
Fragmentos? Muitos! Um sem número de momentos felizes intercalados de angústias, de gratificante euforia, com as coisas, momentos e pessoas que a vida me brindou, ainda brinda, uma dessas pessoas é meu Gurú, que participa de minhas angústias mas junta-se a mim também nas alegrias, na junção dos fragmentos, essa figura deliciosamente humana, com seus impedimentos, algumas vezes em maior escala que os meus...
Mas até nisso vejo glórias, pois a vida me tem ensinado a fazer da felicidade um sentimento duradouro, a encontrar essa tal felicidade em que cada circunstância, mesmo nas mais adversas, é isso... se algum dos leitores destas humildes palavras perguntar o que representam estes anos, certamente direi que nâo representam nada acabado, afinal ainda estou (estamos) em Metamorfose, ainda o juntar de pedaços, o desejo de ser, ainda a mesma inquietude... ainda a pergunta calada nas entrelinhas das repetições: o que faria Cristo em meus passos? ainda...