quinta-feira, junho 24, 2010

PAI..

Pai, não completei a tarefa, e temo não teres como avalia-la, ontem parei tudo, e voltei a escrever palavras soltas, como sempre, despreocupada com as regras... Tudo porque ainda vivo essa dor, essa confusão, essa vontade de voltar, essa luta pelo sim e pelo não, ainda vivo a imcompreensão do perdão que caminha com a perda, a imcompreensão da profundidade do sentimento...
Pai, não é o fim em si que me fustiga, é o não ter mais onde me apoiar para caminhar, e por mais que me ofereça o ombro, nessa perspectiva de morte premeditada, não consigo nele me apoiar ... e temo que comece a sentir desventura no viver – nós que sempre quisemos bem viver!
Pai não terminei a tarefa, porque de dia sou firme e aguerrida, mas quando o sol se poe me apresento frágil, sofrida: a personificação da morte do sonho de tantos cacimbos..., pergunto-te novamente Pai: que perdão é esse que compactua com a perda?? Sei que dirás que humanamente tudo é possivel, mas eu me sinto totalmente impossibilitada de entender...
Ai Pai...