…ainda anestesiada pela ímpar lembrança de ter rasgado as estradas do país numa super máquina. Ver chegar a noite no campo e uma meia-lua que insiste em namorar a torre da igrejinha esquecida no cume da montanha... na madrugada, emoções confumdem-se entre o sonho e a realidade, o eterno e o efémero… ao amanhecer, um céu chuvoso com cadência de gotas que molham o chão... um pouco surpresa, prendo-me no vago desassossego de meu íntimo. Ao som das gotas, junta-se o canto despercebido de um pássaro... talvez morar na cidade chega a ser um desperdício de tempo - reflicto - mas também não me vejo como gente do campo, mas aqui, pelo menos o cenário é recíproco às necessidades da alma…