Moram na cidade maravilhosa, e se orgulham por serem brasileiros, conhecem a história das copas, e ja sonharam que eram Romário, Ronaldo, o outro Ronaldo, Robinho - o pai deles sonhou que era o Pelé... Todos os dias saem do morro e descem ladeira abaixo, até aquelas belas curvas de pedra em preto e branco, o calçadão! e ai perto das ondas, eles trabalham, e trabalham muito, constroem castelos de areia com torres, passarelas e passagens internas, que encantam os turistas e aos seus bolsos trazem o pão, até poliglotas já se tornaram: Gudji moningi, bonjur madam... naquela manhã choveu, e depois da chuva, o arco-iris - em suas mentes então, a lembrança da aliança divina: “...Nunca mais as águas se transformarão em dilúvio para destruir toda a carne”, escureceu e fizeram o caminho de volta ao “castelo” - de tijolos e cimento - que os vira nascer e crescer. Deitados na laje, de entre outras coisas falaram da Libertadores da América, do seu glorioso rubro-negro- o flamengo! E antes de abraçarem os lençois, contaram as poucas estrelas que enfeitavam o céu nublado, em contraste com toda luminosidade da famosa Cobacana. Adormeceram... gotas grossas cairam sobre o tecto, e... tudo ruiu, tudo... sobraram apenas os dois sonhadores, e sobre os escombros do castelo de tijolos, derramaram lágrimas de dor, em homenagem áquele que sonhara ser Pelé...
1 comentário:
Prezada Ana,
Aprendi, muito cedo, que Deus dá e Deus retira...
Os meus sentidos pêsames.
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