DONT GIVE UP
"TUDO O QUE NÃO ME MATA ME FORTALECE" (Nietzsche)
terça-feira, julho 01, 2014
Enquanto divido minhas mãos entre ela e o teclado, penso em como seu conteúdo negro vem influenciando meus momentos ao longo dos anos (...)
e com este pensamento disfarço, disfarço aquilo que realmente quero pensar...o que vos ofereço não é o verdadeiro "sabor" do que penso... mas penso...
terça-feira, julho 31, 2012
domingo, outubro 02, 2011
Madrugada...
sábado, maio 21, 2011
DIÁLOGOS III - Solitária Sim, mas nunca, nuunca Sozinha
quinta-feira, maio 12, 2011
Nova Estação
quarta-feira, setembro 29, 2010
quinta-feira, agosto 19, 2010
VIDA DE
Na rápida jornada entre farmácias, a reflexão sobre “ a vida de mãe”, sob o que o ter filhos provoca as mulheres: perde-se a sensação de importância, um filho nos livra do egocentrismo nato, mas por outro lado há a consciência de que uma mãe nunca mais será tão livre quanto foi um dia, algumas coisas saem da agenda - da minha agenda sairam as aulas a noite, os almoços ao fim de semana, as horas no cais, o ginásio…
Apesar disso é imperativo o exercício de (re)criar laços além dos filhos, o que com certeza ajuda(rá) a diminuir a sensação de culpa que inevitavelmente teima em aparecer - culpa pelo tempo que abrimos mão deles em prol de buscar aquilo que os fará bem. Nisso, o desejável é continuar a desfrutar de maneira equilibrada os dois lados da vida- o lado materno, e o lado vida enquanto vida.
E quando o aperto da vida moderna se faz sentir, há que recorrer a ajuda do Pai, na inexistência desse ou na impossibilidade de ajuda, busca-se o apoio de familiares próximos-como me ajudaria a minha mãe! - babás, empregados, – sobre estas últimas, as minhas, merecem um post a parte!
A maternidade ensina a lidar com situações que escapam do nosso controle, como ter de adivinhar o que os filhos sentem, ou então ser ágil e bem-humorada quando já estão todos arrumadinhos, daquele fatinho que o pai deu com carinho e dão aquele arroto na roupa ou fazem o inesperado pumpum - assim foi com a Naemy no domingo passado.
Nossa vida de mãe, diferente da das nossas mães, tem a tecnologia como grande aliada – a internet: muitas vezes vira o pediatra 24 horas, o telemóvel que ajuda a saber como vão nossos pokoyos, encurtando assim a saudade e a distância…
Trinta minutos depois, biberões e tetinas quebram a reflexão, enquanto isso vida de mãe vai sendo substituída pela preocupação com relatórios não concluídos ontem, de pareceres não emitidos … é novo dia, é hora de encarar a vida enquanto vida!!!
terça-feira, agosto 10, 2010
DONT GIVE UP MOM
Minha filha, minha vida, meu amor (re)inventado,
Minha filha, minha inspiração, felicidade
Compensação de muitas outras perdas
É seu amor minha força para viver, para acreditar
Anna Emilia é realidade não precedida de sonho
É um anjinho que chegou na hora certa
É a inspiração que antecede ao poema
Anna Emilia é dona de minha paz
Do meu coração, da minha vida, dos meus olhos
Meu Sol em cada amanhecer, de sorriso inocente, encantador
Dona de minha Metamorphose, do eu Filha para o eu MÃE
Anna Emilia, Filha do meu coração, da minha alma...
Vinda num 14 de Abril , frágil, pequenina
Mas com muita vontade de viver, vencer. Como todos em Abril!
E são quase 04 meses de muita emoção, cumplicidade, felicidade,
Quando chegou ainda não sabia o quanto, mas logo depois percebi que essa dádiva era primordial para que minha vida tivesse sequência, em todos os sentidos (...) Anna Emilia, funciona como manto sobre perdas significativas, se não fosse por ela talvez tivesse me entregado a tristeza do não mais ter, que leva ao não mais querer ser... mas na beleza de seu olhar criança, consegui ler o silêncioso “DONT GIVE UP MOM”
segunda-feira, julho 12, 2010
borbulhar enquanto meus dedos se perdem no teclado, e o pensamento
me leva a um estado anormal, longe da insanidade que me inspira... e fico sem letras, dedos vazios sobre o teclado, simplesmente paro...e busco a aceitação de minhas múltiplas determinações...
quinta-feira, junho 24, 2010
PAI..
Pai, não é o fim em si que me fustiga, é o não ter mais onde me apoiar para caminhar, e por mais que me ofereça o ombro, nessa perspectiva de morte premeditada, não consigo nele me apoiar ... e temo que comece a sentir desventura no viver – nós que sempre quisemos bem viver!
Pai não terminei a tarefa, porque de dia sou firme e aguerrida, mas quando o sol se poe me apresento frágil, sofrida: a personificação da morte do sonho de tantos cacimbos..., pergunto-te novamente Pai: que perdão é esse que compactua com a perda?? Sei que dirás que humanamente tudo é possivel, mas eu me sinto totalmente impossibilitada de entender...
Ai Pai...
sexta-feira, abril 09, 2010
Castelos de Areia
segunda-feira, abril 05, 2010
IMACULADO SONHO
Não sabe mais chorar,
Mas insiste em voar
Problemas secaram as lágrimas
Adversidades feriram as azas
Mas,
Jamais o impediram de voar!
Não obstante,
Mantem imaculada a capacidade de sonhar
E guarda em si todas as quimeras
E entre o sonho e a prosa
Alimenta um querer...
Aquele mesmo querer:
"...De seres quase meu , eu quase teu..."
segunda-feira, março 01, 2010
domingo, fevereiro 07, 2010
quarta-feira, dezembro 16, 2009
…como em todas as manhãs, trouxe-me um: preto, cremoso, cheiroso -mesmo depois de já me ter feito companhia um outro, aceito-o, mais pela gentileza do que pelo desejo - ela que vem de outro extremo distante da cidade, e garante o pão para filhos e netos a oferecer o precioso café. Muitas vezes, o pão fica pela metade porque a outra metade é consumida na própria luta pelo pão, entre o asfalto de azul e branco e a vermelha terra batida – uma certa Madalena!
Cortinas afastadas, olhar perdido no vermelho das acácias, poucas, mas tão rubras que contrastam com o céu azul onde o lápis insiste em escrever os tons da vida: certezas, incertezas, as angustias…
Entrincheirados em seus pensamentos atravessam a curta avenida rumo a um longo dia que muito cedo começou (deve ter começado), lá a frente a certeza de um futuro melhor, estudantes!
Um e outro, os humanos se sucedem na expectativa do amanhã incerto, e a sirene entrecorta o pensamento, é um deles rumo ao lugar onde proíbem e permitem, rumo as estratégias do egoísmo que acaba com a vida dos que dizem governar, mas, a vida segue curso... deixo o lápis solto no ar, ainda com muitos tons por escrever…e separo-me então da observação dos humanos, afinal viver ultrapassa qualquer entendimento e, e Deus, Deus certamente da a cruz que cada um consegue carregar... eu aqui a carregar a minha!
terça-feira, novembro 24, 2009
MINHA VIDA, em sons e tons
Tenho mania de pensar e dizer que tenho 36
Outro dia me olhei no espelho, fio a fio e não vi nenhum branco
Se surgirem vou curti-los
E deixar que virem gotas douradas
Sob o acastanhado chão do couro cabeludo
Eu nasci em Carmona (ainda era Carmona!)
Mudei para Luanda, Morei em Belém
Morei em Belo Horizonte, hoje Luanda de novo
Um dia sonhei que morava em Istambul (eu nem conheço!)
Da leda infância:
Violante , Sabedoria, José Manuel
323… Sinto saudades
Até da Palmira (me atormentava!)
Depois veio a Preparatória
A Gloria, Amélia Lau
Regina…E no Mutu a Eunice
A Rosa, A Catharina
Do IMEL
A Flora que escolheu morar na neve
A Analeth, politizada, O Luís - poço de inteligência!
A Tina, essa antecipou-se e foi ao Céu
Uma semana antes do tão esperado diploma
E eu, eu fiquei na fila
Da UFPA, a UFMG, do STBE até PUC/Minas
Isso para não falar do 16.642 da UAN,
Eu ainda lembro, e como lembro!
Da minha mãe a saudade
Outro dia lembrei dela (lembro sempre)
E de seu saquinho com vários remédios
E dos milongos na gaveta da Oliva
Aquela Oliva que fazia nossa felicidade
Nuns natais com vestidos de rendas e laços
Mãos de fada, as da minha mãe!
Ainda não tenho a idade dela
E já tenho um estojo maior
Predinisolona, Salbutamol
Loratadina..os anti histamínicos...
Milongos não tenho, mas, tomo mel natural, folhas de eucalipto
E canela, a noite, e já não uso vestidos de laços, uso calças yessica
Ah sobre aquela trilogia:
Livros
Escrevi um monte de páginas, e perderam-se
Em hardwares e em folhas caídas ao vento
Porem algumas adormecem em mim
Árvores
Eu vim do campo
E devo ter plantado varias árvores
Mas o abacateiro lá do quintal da mãe
Secou, como secaram outras lousas em mim
O último da trilogia, antes de ser no corpo
Precisa ser concebido na alma
Mas nem sempre é assim, dolorosamente não
Rádio, Escritórios privados
Ministério público, Negócios
Sala de aula (uma paixão!)
Medos, alguns, o maior deles?
Medo de mim, e das múltiplas determinações
Meu pai – o meu Pai!
Já sem o mesmo vigor, sem a mesma força
A precisar de apoio para continuar a caminhar
Esse que sempre me viu mais missionária/ menos economista,
Expectativas quebradas? Não sei…
Esse que rasga sorrisos de alegria, quando saias substituem yessicas
Esse meu pai, alguma rigidez, mas um exímio educador!
Ah – as manas - cada uma especial, em cada época
A comadre e amiga da adolescência
A mana segunda mãe na infância
E a outra mana - mãe nos tempos de faculdade
Todas juntas: Muito especiais!
Os manos? – Uma estrofe a parte! de um outro capítulo.
Outro dia uma xobinha (é assim q fala a geraçao Y) perguntou-me
Se acreditava em alma gémea,
Eu disse que acreditava em óptimas parcerias, mas,
Primeiro conta-se a dos vencedores (dificilmente é a real!)
Mas anos depois -50?- nas páginas pode-se ler a história real
"E o que isso tem a ver com alma gémea?"
Ah, não sei….algumas vezes viajo, divago…
Depois de tudo, caminhei comigo de mim para mim, mãos dadas
E lembrei o RioKhulo, Lá Gran Via de Madrid, Paris, Okapuka , Bruxelas, Cape Town, …
E vi que na ânsia de vencer o desejo de voltar,
Há uma ponte por atravessar, ou mesmo quebrar
Outra barreira por vencer, outra determinação a seguir
E no fim de tudo isso… MINHA VIDA?
Uma canção em dó (ou tom?) maior!
- notas sempre confundem-se com tons…
sábado, agosto 22, 2009
6 dias, 5 noites
sábado, julho 25, 2009
CONTAGEM REGRESSIVA 7/2 ...reflexões no dentista
sexta-feira, julho 24, 2009
CONTAGEM REGRESSIVA 8... Espinhos e Shawarmas 8...
domingo, julho 19, 2009
CANSEI DE AMAR!
Amar também cansa... cansei-me de amar apesar de muito te amar, cansei de amar no vazio desse amor saciado a conta gotas, desse amor que vive a custa de agendas, de prioridades outras, infidelidades, engarrafamentos, tensões menstruais e tensões outras, cansei de amar esse amor extremamente humano, que tão bem se apodera do amor que se acredita (ou acreditei eu?) somente meu e o partilha, divide, confunde… cansei de amar também por minha incapacidade de perdoar, de esquecer, esquecer os passados que para mim são sempre presentes adormecidos e passiveis de se tornarem futuros. Cansei de amar como se amam certas coisas obscuras, secretamente, entre a sombra e a alma, cansei-me da mascara de que não te amo, não me amas, o que nos leva ao caminho perigoso de a outros amar ou sermos amados, cansei do amor que passa por um teste de fogo e se permite, sem estratégia revista, a novamente enfrentar o fogo, cansei do amor que persiste em conhecer o outro quando o conhecer é acto continuum… Cansei do amor inglório, não é o amor maior quando suportamos mais! Cansei do amor a custa de nossas incapacidades, que busca subterfúgios nos ditames culturais e se esconde, cansei das incertezas – as nossas - quanto ao futuro, cansei de tudo o que sei de nós, que sei que não sabes, disso também me cansei…Não me atrevo - como Florbela Espanca- a obrigar-te – (a ti ou ao amor?) a aceitar minha eterna gratidão pelo mal que nos causamos, não considero isso de todo um mal e, vou vivendo essa saudade numa mistura de tristeza, vazio, solidão e alguma miséria, mas saudade também não é para sempre, passa e tudo será superado. Mas de tudo resta um medo, o medo de ver-te arrancado de mim, eu de ti, o medo da fase intermediária, a fase da auto consciencialização de que está tudo bem, que vai ficar tudo bem, vou superar, paciência, não era para ser, não era forte o suficiente, não era verdadeiro o suficiente… Por isso ainda sou Neruda, por essa fase intermediária e por tudo que sonhamos realizar, cansei sim, mas, te amo e não te amo como se tivesse em minhas mãos as chaves da fortuna e um incerto destino desafortunado
segunda-feira, julho 06, 2009
DIALOGOS III
e sua paixão pelo inverno ?
Como nunca o fiz antes confesso então, que via de regra não me correspondem os objectos do meu amor. Terno compassivo e com um misto de autoridade sentencia:
Se me amas siga-me…
cabisbaixa opto pela indiferença – como seguir-te? se ainda falta tudo, e tudo o que sabe a tanto, se ainda falta a mistura explosiva que faz a caldeira alimentar vagão a vagão, andar e ganhar o mundo …
Se me amas siga-me, insiste meu eu extraordinário
- como te seguir? Se ainda faltam os orgasmos, não os subjectivos causados pelo olhar, faltam os de corpo, de pele, de palavras murmuradas entre apertos e gemidos…
Se me amas siga-me,
Como desistir agora? depois de dares-me a liberdade de poder ser um Eu livre da fuga voraz da fútil tentação, o que me rendeu mais conhecimento de mim, mas conhecimento da necessidade (in)voluntária do profundo querer … Porque seguir-te se ainda é hora de ousar, não em outras possibilidades, mas no reinventar o já inventado
Se me amas siga-me
Guardião de mim, não me instas que te siga, ainda é hora de reexercitar o cérebro e decifrar o me querer ambíguo. Eu sou você e estamos juntos, numa pureza transcendeste e me proteges e me entendes, e me correspondes, mas eu sou desejo, não dos que levam a alma a loucura mas ao bem, ao belo, ao justo, a correspondência possível…as flores…
sexta-feira, junho 19, 2009
SALA DE ESPERA
segunda-feira, maio 11, 2009
DIREITO DI NASCE de Manuel de Novas
Mãe qu'tê'me na ventre
Dá-me nhá direito di nasce
Pai quande 'm nasce
Dá-me nhá direito di vivê
Fazê nos lar
Lugar mas sabe qu'tem na mundo
Fazê nh'infancia
Un jardim de felecidade
'Judá-me crescê
Cu tudo amor e amizade
Dá-me' bô carinho e bô ternura
'O mãe querida que Deus dá-me
Dá-me leite d'bô peito sagrado
Mamãe querida
Dá-me sustento bençoade
Papai querido
'Juda-me vivê nhás ilusão
Nhás fantasia
Mi qu'ê bsôte flor d'revolução
Mi qu'ê bsote fruto d'alegria
segunda-feira, março 30, 2009
Por onde andarás????
terça-feira, março 17, 2009
recordar que uns dias depois daquela chuva, a criança cresceu, e foi tua vez de então convida-la a partir, e novamente seguimos viagem, mas, apesar de intensa, a jornada foi curta… morrera a confiança, ainda assim, aprendi a amar mesmo quando não quis…ainda amo…
quinta-feira, março 05, 2009
LUB LUAN...
um pouco mais abaixo, nas escadas que dão acesso ao poder, sentada uma menina de trancinhas curtas - um retrato de mim no passado - perdeu a viagem para o saber, e enquanto espera, refaz o dever de casa… que futuro??!
Do outro lado nas escadas que dão acesso ao céu, um homem feito louco reza em viva voz a vinda pré anúnciada de um Pedro Alemão,
Na outra esquina, um usurpador do alheio esboça um discreto sorriso de satisfaçao e em nome de fazer cumprir a lei, destrata as mães andantes e deixa dezenas de crianças sem pão…
Vem-me de novo Neruda e a exigência da interpretaçao do saber poético: não sou escritora, muito menos exegeta, faltam-me idéias, aliás, tenho-as muitas, confusas, desorganizadas, obrigo-me a dar-te razão: apesar de abarrotada, a cidade me faz solitária e desconexa… Lub…Luan… ainda assim o sorriso!! a hora é essa!!