quinta-feira, junho 14, 2007

CONSTELAÇÃO MERCÚRIO


Eu e o destino sobre o cais
Peito sufocado, asas á imaginação

O Eu atrevido ouve-me o soluçar
De bits e ritmos incertos
Dos corpos separados, constelações…

Eu no cais
Sem cheiro, sem toque, sem pele
Nem por isso menos intenso e belo
Esse desejo feito pingo de mercúrio

No céu a lua cheia e nua
Reflecte os repetitivos nauns ao desejo
Realidades feitas de distância
De saudade, mercúrio, mercúrio, mercúrio

E na tentativa de reter as gotas
Mãos Afrodite abrem-se no vazio

Fazendo-me vítima da libido do Eu
E viajo aos jardins intangíveis
Feitos possíveis pela imaginação

No cais

Eu, a distância, o medo

Um único medo: De mim!
Peito sufocado, asas á imaginação


Nas constelações bits e ritmos incertos
Eu Afrodite, mercúrio, mercúrio, mercúrio...


© A.Mathaya Junho/2007

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