sexta-feira, fevereiro 29, 2008

...MY LIFE IS NOT MY OWN

You can say I´am a dreamer, but when I wake, you can't break my spirit, it's my dreams you take...


míuda!!

quarta-feira, fevereiro 20, 2008

CASTLE HAVEN, CAIS DE QU4TRO, MIÚDA!!




…acordou distraída de tudo, sempre com aquele pensamentinho: “odeio trabalhar”, mas, somente no pensamento, porque a realidade faz o mundo pensar que ama trabalhar. Sob o esticar das cordas de Jonatham Butller- sua nova paixão – pega estrada e acelera fundo. No escritório espera-lhe um velho conhecido, cada vez mais velho – o tempo não perdoa! Sorri ao ver-lhe, e como sempre, perde-se em lamentações, diz que odeia a actual estética de corrupção dos engravatados do poder – como se eles não existissem há tanto tempo! - admira as esculturas da sala, e faz da dona parte delas, enche-a de elogios, esquece-lhe os defeitos e fala de suas falsas virtudes. Confiante lança então o convite: almoçamos hoje? A indesejada resposta vem costumeira e divertida: tenho n relatórios para terminar e não posso me dar ao luxo de sair para almoçar e o tránsito não ajuda. Insistente repete o convite e lembra de outros almoços, jantares,- mas parece um museu de inúteis vivências do passado- pensa a escultura e insiste na negativa. Vencido, despede-se. Ela folga então de felicidade por agora poder concentrar-se e trabalhar longe do nostálgico do passado… dedicadamente mergulha ao trabalho até que:
Ele: alooo, estás bem miúda? Sabes pá, estou num trânsito infernal,
Ela: Relaxe q isso já faz parte de nós
Ele: miúda tens ideia do que fazer para restaurar a velha ideia de amor?
Ela: por agora não, mas prometo pensar, respondo-te durante o jantar
Ele: isto é um convite? Se é…
Ela: Cais de quatro, 20:00hrs
As luzes mornas de Luanda iluminavam a Baía dando-lhe um ar namoradeiro não visível durante o dia. Encostada ao cais, aprecia o mar calmo enquanto espera pelo míuda. Para sua surpresa, na mesa oposta, aquele velho amigo de rosto sereno e em monólogo com um whisky qualquer…Outras imagens juntam-se aquela e povoam seu pensamento, e agora é ela que se vê nostálgica de um tempo que nem sabe se existiu, dos encontros nos pubs próximos a Hawley Arms na Castlehaven Road, das sentadas ate ao amanhecer no Marítimo, quando as regras duras desse tempo global não faziam parte de seu dia-a-dia… quase deixa-se dominar por um sentimento de culpa, aqule velho amigo(...) mas vence-o. Culpa tem Luanda, que de tão sem opções torna inevitáveis os reencontros… já pelo final da noite, viu-o esvaziar mais um velho esporão... sabia o quanto ele foi importante em sua vida, mas foi, passado! Sorri animada pro miúda e no intimo busca conforto (desencargo de consciencia???) em Deepak Chopra “Seja qual for o relacionamento que você atraiu para dentro de sua vida, numa determinada época, ele foi aquilo de que você precisava naquele momento” este é o momento do miúda, é o que ela precisa, e é com ele que cabe agora discutir o como restaurar a velha ideia de amor, mesmo sabendo de antemão que ela não sabe amar como o mundo ama...

quinta-feira, fevereiro 07, 2008

Memórias: uma velha, um piano velho, o Jorge!

…Amílcar Cabral, 15:40. Semáforos off line, uma velhinha, – gosto de ver idosos, talvez por haver poucos a andar pela cidade - dois embrulhos, e eu. Ajudar ou não ajudar, eis a questão? Ajudar! Já do outro lado da estrada: "minha filha ieu moro no tarcheiro andar, ie rápido…". Pensei: velinha abusada (…) mas fui! Com a respiração ofegante pousei as sacolas na porta, já de saída, agarrou-me o braço e forçou o convite: “ientra filha, ao menos uma iagua”… guiada por um sei lá o que, aceitei, em vez da água, um café sem açúcar.
Instintivamente meus olhos pousaram sobre um monstro de ébano adormecido na sala: um velho mas belíssimo piano de cauda! “Posso”? Ela: "sim, sim, claro". E dedilhei (desafinado)… ela sorriu e disse: “tanho a história da minha vida guardada nas teclas deste piano” a frase me pareceu familiar, muito familiar, mas de onde?
BINGO!!!: O Jorge!!! Eu era menina de 14 aninhos e, conheci-o acidentalmente - dois dias antes da minha cerimonia de final do curso de música - na casa de um Eng. onde tive as primeiras aulas de computação num velho Machintosh. Falei da formatura e timidamente convidei-o também a ir ver-me tocar o "Ein feste Burg" de Martin Luther (o n. 323 CC-castelo forte) que eu havia ensaiado com muita dedicação, conduzida pelo Mestre Floriano.
Não sei, mas creio que o Jorge - recém chegado da Europa do Leste - já era músico, pois falou-me de harmónia e ritmo com muito apego e paixão. De entre muitas coisas lembro ter-me dito que “ as teclas de um piano têm muitas historias guardadas...”
O Jorge presenteou-me pela formatura, meu primeiro teclado electrónico, que neguei - porque meninas não pod(iam)em aceitar presentes de pessoa que não era conhecida do Papá e da Mamá.
Passarm-se pouco mais de 15 anos , e aqui estou: um piano velho, uma velha, e as lembranças do Jorge… que dizem continuar na cidade e tocar por ai numa banda de engenheiros…
talvez um dia volte a visitar a velha e seu piano (talvez não), talvez me arrependa de não ter perguntado que histórias têm as teclas do piano da velha... Mas o momento é nostálgio, lembranças do Jorge, que dizem, ainda tocar na cidade numa banda de engenheiros... o Jorge...

domingo, fevereiro 03, 2008

Mussulo Fragmentado

…domingo de feriado e de Carnaval (feriadão). avisto um entardecer luandino tranquilíssimo… uns esconderam-se nos seus casulos, outros abraçaram a estrada e foram ver Angola, uns há que ainda recordam mabakas, enquanto outros preparam mascaras. Eu, me divido entre os vários eus, e um deles afasta-se da cidade e vai ver o lamento do oceano, o mar me atrai, chama-me, e me convence, juntos murmuramos então a saudade do querer que partiu, e que deixou o gosto amargo de pecado…mas entre eu e o querer – ausente - uma muralha: o pedaço de mar…Mussulo fragmentado!!!!
mabakas=catanas

sexta-feira, fevereiro 01, 2008

Imagem do Blog da Diva (trasformada por mim)

... So porque pensei em você fantasia
melancolia, madrugada, sabe Deus!...