sexta-feira, setembro 15, 2006

Solidao


SOLIDAO

Cai uma chuva grossa lá fora
Aos poucos agrava minha solidão
Busco no som de cada gota
A melodia certa para meu coração

Amanhã o céu vai nascer nublado
O frio vai inundar meu coração
Vou sair correndo pelo mundo
Em busca de conforto e proteção

A sombra de alguma alvenaria
Um homem vai me lembrar você
Vou fazer amor com euforia
Até sentir meu corpo queimar

E ao romper da aurora
O prazer ainda a me consumir
Vai restar somente o desprazer
De ao juramento ser desleal

Ao som do gotejar da chuva
Outra vez a solidão a me consumir
No silencio da lembrança
Apenas direi: Aquele homem não era você.


Ana Mathaya, Belém-PA 1997, in Exalar de Sentimetos

2 comentários:

Soberano Kanyanga disse...

Hoje, confesso, passei apressado como o prazer orgâsmico duma deslealdade consentida.
Amanhã, prometo, voltarei com mais calma para digerir o poema.

ANNA MATHAYA disse...

Entre cafés e letras, números e palavras....Nós, cá vamos,na mesma calmaria de sempre, fazendo a vida acontecer, como Deus quer, como os homens permitem...