23.30 dirijo na escura Luanda, com destreza faço o cruzamento do José Pirão - sem semáforos a funcionar, é um salve-se quem poder. Aumenta a ansiedade em livrar-me do sapato que incomoda... finalmente estou no meu quarto, meu santuário... dizem que "para construir um santuário é preciso antes destruir um..." Eu não precisei fazer isso...
Mas aqui é meu santuário, onde curto o delírio verbal de Joseph Campbel, a erotização da palavra de IM, (de quem aguento com bom humor as provocações por meu actual estado (gorda)... aqui também me dedico apaixonadamente à preparação daquilo que tanto gosto: lecionar. Aqui meus livros, meu violão, e sobre a "maquina de lavar" o espaço vazio do meu teclado, (saudades!!) nesse vazio papeis amassados, dos poemas que escrevi quando me senti poeta, e busquei o sentido da vida no insignificante... aqui é meu santuário, onde me sinto novamente grande depois que as imtempéries do dia me diminuem, me cansam me fazem pequenina. Aqui eu relevo a criancice de uns, a inautenticidade de outros,daqui eu me elevo e acredito que Janeiro vem chegando,,, é também aqui, que sobre lençois brancos e bege escuro, as notas de Freedom vão se distribuindo nos compartimentos da mente enquanto as pálpebras fecham, na esperança de um novo amanhecer... que começa no STEP e BIKE - também objectos do meu Santuário
1 comentário:
Que texto!
Que reflexão!
Que beleza!
Só não entendi "o espaço vazio do meu teclado,(saudades!!) nesse vazio papeis(...)".
Aconteceu algo com o teu computador?
Como vai teu Syber...
Bjão. OLha! IM aceitou ser meu tutor.
Soberano
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