
Ontem lembrei-me de ti, durante e depois da chuva, e veio o sono, e adormeci… hoje amanheceu céu escuro e melancólico, e novamente as lembranças de outras chuvas, de uma que inspirou poesia, e de outra que inspirou ousadia, quando convidei-te a partir comigo, e aceitaste, mas seguiste viagem tendo como companhia a criança desprovida de carinho, e a mulher a teus pés nada te dizia… assim é a chuva… faz pensar, lembrar, recordar...
recordar que uns dias depois daquela chuva, a criança cresceu, e foi tua vez de então convida-la a partir, e novamente seguimos viagem, mas, apesar de intensa, a jornada foi curta… morrera a confiança, ainda assim, aprendi a amar mesmo quando não quis…ainda amo…
recordar que uns dias depois daquela chuva, a criança cresceu, e foi tua vez de então convida-la a partir, e novamente seguimos viagem, mas, apesar de intensa, a jornada foi curta… morrera a confiança, ainda assim, aprendi a amar mesmo quando não quis…ainda amo…
amanheceu, na rua as marcas da chuva, em mim as marcas indeleveis de ti. Porque não? ... e lembrei de tantas outras coisas de tí, de nós, das alegrias, da traição (e foi traição??), da cruel mentira que parecia verdade, dos pubs imaginários, e dos safaris e hoteis 5 estrelas, do viver adiado, do saber enganoso que rouba a felicidade... lembrei de coisas boas, ruins, curiosas, hilariantes, com saudade, com afecto, com raiva, mas sem arrependimento, no meio das lembranças veio o sol, o sol e uma porta… a porta da razão, que divide a minha e a tua verdade, o meu e o teu querer… esse é meu mal: te querer amar…lembrar...chuva...sol, sabe Deus, ELE sabe
6 comentários:
Ana,
Entendi o muito que há nessas curtas linhas. Só espero que outros leitores entendam o conteúdo. Tú és uma artista...
Beijo
palavras cobertas de poesia e sentimento, profundas e de uma sensibilidade ímpar!
amei!!
tu beijo!
...ser uma gota só,
seja de chuva ou orvalho
e cair mesmo que melancólica, debaixo do Sol,
germinará,
hilariantes momentos,
o futuro...
xaxuaxo
...quando nasci já existia a palavra xaxuaxo, e ela até está mencionada numa das obras de Luandino Vieira.
a palavra é como a terra mãe não tem dono.
por outro lado eu próprio já sou um "plágio" de alguèm, porque reflicto cultura.
como você disse ( e bem) a palavra dada a sua liberdade dá sempre variadas interpretações.
por gostar do que você diz, é que me intrometo a fazer comentários, lhe agradeço por aceitá-los
xaxuaxo
Aos meus visitantes de sempre, mais uma vez obrigada pela passagem aqui em casa. LUCIANO eu sei que tens um olho bem clínico para redescobrir o óbvio e descobrir o desconhecido, thanks.
Kim, o SOl, O Sol, o sol me anima, me faz crer que há sempre bonança depois da tempestade...
Paradoxos volte sempre!
Bom dia Anna,
Espantosa e emocionalmente lindo o texto/poema...!
Parabéns...
ps: e o livro?
Kandado!
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