quinta-feira, agosto 19, 2010

VIDA DE

...mãe que sai de casa as 4:30 – da cama já saiu 1 hora antes – percorre as poucas farmácias 24hrs em busca do Aptamil Confort 1… faltou stock porque, ah os porquês ficam para os diversos (…)
Na rápida jornada entre farmácias, a reflexão sobre “ a vida de mãe”, sob o que o ter filhos provoca as mulheres: perde-se a sensação de importância, um filho nos livra do egocentrismo nato, mas por outro lado há a consciência de que uma mãe nunca mais será tão livre quanto foi um dia, algumas coisas saem da agenda - da minha agenda sairam as aulas a noite, os almoços ao fim de semana, as horas no cais, o ginásio…
Apesar disso é imperativo o exercício de (re)criar laços além dos filhos, o que com certeza ajuda(rá) a diminuir a sensação de culpa que inevitavelmente teima em aparecer - culpa pelo tempo que abrimos mão deles em prol de buscar aquilo que os fará bem. Nisso, o desejável é continuar a desfrutar de maneira equilibrada os dois lados da vida- o lado materno, e o lado vida enquanto vida.
E quando o aperto da vida moderna se faz sentir, há que recorrer a ajuda do Pai, na inexistência desse ou na impossibilidade de ajuda, busca-se o apoio de familiares próximos-como me ajudaria a minha mãe! - babás, empregados, – sobre estas últimas, as minhas, merecem um post a parte!
A maternidade ensina a lidar com situações que escapam do nosso controle, como ter de adivinhar o que os filhos sentem, ou então ser ágil e bem-humorada quando já estão todos arrumadinhos, daquele fatinho que o pai deu com carinho e dão aquele arroto na roupa ou fazem o inesperado pumpum - assim foi com a Naemy no domingo passado.
Nossa vida de mãe, diferente da das nossas mães, tem a tecnologia como grande aliada – a internet: muitas vezes vira o pediatra 24 horas, o telemóvel que ajuda a saber como vão nossos pokoyos, encurtando assim a saudade e a distância…
Trinta minutos depois, biberões e tetinas quebram a reflexão, enquanto isso vida de mãe vai sendo substituída pela preocupação com relatórios não concluídos ontem, de pareceres não emitidos … é novo dia, é hora de encarar a vida enquanto vida!!!
Ah os Diversos: temos uma carência muito grande no campo de babás e empregadas domésticas, trabalham, mas não encaram o trabalho de maneira profissional, a minha babá usou a última colher do último pote de leite e achou desnecessário avisar-me... la fui de madrugada em busa do leite...

3 comentários:

Jéssica Villela disse...

Nossa Anna, Você resumiu muitas coisas em apenas uma frase.
"Certas pessoas são certas para aquele momento, e é preciso curti-las ao máximo enquanto durar esse tempo". Infelizmente ou felizmente nem tudo é eterno.
Obrigada pelo toque, de coração.
Beijos =*

Um brasileiro disse...

Olá. Estive por aqui. Você está muito certa. Apareça lá no meu blog e divulgue ele aí. Abraços.

T@CITO/XANADU disse...

Como fugir deste poder, deste encantamento?
Impossível. Ficar e se atordoar é o certo.
Acompanhar o fluxo de energia criadora é a saída.
Emergência!
Ser o todo na justa medida.

Abraços
Tácito